Você consegue se lembrar do último disco que ouviu sem um feat? Não dá pra negar que collabs são queridas pelo público. Todo mundo tem uma certa curiosidade em saber como ficaria uma música entre artistas x e z.
Nos últimos anos, as parcerias musicais têm se tornado cada vez mais um must have para os artistas. Na segunda semana de janeiro, por exemplo, 31 das 50 músicas, ou seja 62%, do Top Spotify Brasil eram colaborações entre artistas.
Existe uma potência em músicas interpretadas em conjunto. Um grande exemplo é o Lud Session de Ludmilla com medleys já gravados com Xamã, Luísa Sonza e Glória Groove – esse acumulando mais de 50 milhões de plays só no Spotify com as duas versões, que apesar de ter 9 minutos, tá na boca do povo.
Os feats também realizam encontro de gerações. Nando Reis, por exemplo, tem músicas com grandes novos nomes da música brasileira como Jão, Duda Beat, AnaVitória e Pitty – com quem está em uma turnê chamada PittyNando.
Acontece que essa tendência saiu das paradas de sucesso e foi parar nos festivais. Agora as collabs que tinham o papel de apresentar o público de um artista para o outro transbordaram os estúdios e foram parar nos palcos.
O FENÔMENO NÃO É NOVIDADE
O Palco Sunset do Rock In Rio, criado em 2008 em Lisboa, deu as caras por aqui pela 1ª vez na edição de 2011. A ideia era que fosse um espaço para encontros inéditos e memoráveis, um palco provocador, para que o público saísse com o seu universo ainda mais ampliado.
Encontros inusitados como Sepultura e Zé Ramalho ou CeeLo Green e Iza, desde a encontros que simplesmente faziam sentido como Karol Conka convida Linn da Quebrada & Gloria Groove ou Lulu Santos e Silva já aconteceram no Palco Sunset.
O responsável por isso? Zé Ricardo, cantor, compositor, diretor artístico e curador.
OS FESTIVAIS PÓS-PANDEMIA
Antes de passarmos quase 2 anos sem festivais presenciais, já encontrávamos uma ou outra atração que trazia um convidado. Com a volta dos festivais em 2022, esse fenômeno passou a ser cada vez mais comum e acreditamos que não será passageiro.
Às vezes como convidados, outras sendo apresentados ou em um show inteiro dividindo o palco. É assim que temos visto os encontros em festivais acontecerem.
Em 2022, cadastramos 86 festivais no Mapa dos Festivais e 29 deles tiveram pelo menos um encontro em seus palcos. Ou seja, 33% dos festivais registrados em nosso site engataram nessa tendência.
Alguns festivais receberam dezenas de encontros em seus palcos, como o Planeta Brasil (BH) com shows de Vitão + Luccas Carlos & Day, Baco Exu do Blues + Urias & Muse Maya e mais! O Festival Sarará (BH) também foi palco de encontros como BaianaSystem convidando Black Alien & Margareth Menezes e Emicida convidando BK’ + Cynthia Luz + Orochi. E, claro, o Rock In Rio (RJ) que em 2022 criou encontros como Luísa Sonza com Marina Sena e Criolo & Mayra Andrade.
Além disso, o line up do Festival Nova Brasil (RJ) teve mais da metade das atrações com collabs incríveis!
O QUE ESPERAR EM 2023
A tendência de feats nos palcos certamente veio para ficar! Ela une diferentes públicos e ritmos, e muitos dos resultados são melhores do que o esperado. O esperado é que neste ano as collabs continuem, e ainda com mais força.
Em janeiro, o festival Rec-Beat chegará em Salvador pela primeira vez, dia 21, e todo seu line up será de encontros, exceto pela apresentação do DJ 440.
Também em Salvador, o Festival de Verão 2023 tem 14 das suas 16 atrações apresentadas como collabs idealizadas por Zé Ricardo, diretor artístico da nova edição do FV e conhecido pela curadoria dos shows do Palco Sunset.
No palco do Festival de Verão serão apresentados encontros nunca vistos nos palcos como Ivete Sangalo e Luedji Luna ou Saulo e Marina Sena e alguns inusitados, também inéditos, como Xamã & Gilsons ou Luísa Sonza & Alcione.
Você curte essa tendência? Qual encontro você tem curiosidade de assistir no palco?
