AS HISTÓRIAS POR TRÁS DAS NOSSAS FOTOS FAVORITAS DO ROCK IN RIO 2019

Ao fim de mais uma edição do festival, quais foram os cliques favoritos dos fotógrafos?

Mais um Rock in Rio se encerra. Foram sete dias de shows, ativações, contato com o público e muito trampo. Foi a maior cobertura da nossa história e a maior equipe que já tivemos. Captamos momentos lindos e vivemos esses momentos também. Foram dias embaixo de chuva e de sol, com calor, muito calor. Atendemos urgências, quebramos a cabeça, fizemos e refizemos logísticas, corremos para fazer as entregas, corremos para pegar os momentos certos, ajudamos uns aos outros como amigos. Já estamos com saudades uns dos outros. Em clima nostálgico, perguntamos quais as imagens favoritas de cada um e quais as histórias por trás delas.

“Seal. Chuva. Pit lotado. Ele resolve ir pra galera. Todos os fotógrafos o cercam, ocupando 200% do espaço nas laterais para fazer a foto dele com o público. Pra mim, o momento já estava perdido, mas ninguém se posicionou atrás. Aí rolou essa cena!” -​ ​Diego Padilha

“Eu amo o retrato da Linn, mas não consigo desvincular do show. Por isso, escolhi as duas fotos. Foi muito marcante fazer o show da Karol Conka com a Gloria Groove e a Linn da Quebrada. Elas me representam como artistas e me identifico muito. As três mulheres estarem construindo isso juntas, é muito emocionante. Ouvi uma entrevista delas dizendo o quanto são inspiração umas pras outras, como artistas e como pessoas. Ver isso se concretizando desde o anúncio da parceria até o show no palco Sunset foi uma loucura. Foi uma explosão de energia e geral tava pirando também.” -​ ​Helena Yoshioka

“Foo Fighters foi, durante boa parte da minha vida, minha banda preferida. Definitivamente foi o que mais escutei na adolescência. Botei meu nome na lista como interessado para fotografar o show e fiquei na minha. Daí o Fernando chegou pra mim e perguntou o quanto eu queria fazer. Respondi que, de todas as bandas do Rock in Rio, era a que eu mais queria e a que eu mais amava. É a banda que mais tem significado na minha vida toda. Fui. Fiz a primeira música e voltei correndo para a entrega. Quando cheguei na mesa, minha namorada, que estava do lado do palco, me ligou e tava tocando My Hero, que é minha música favorita. Editei todas as fotos do show ouvindo a música pelo telefone. Foi muito emocionante pra mim” -​ ​Renan Olivetti

“Essa foto foi feita no show da Nervosa, no dia do metal. Foi o dia em que fui pro setor de ‘experiência’ (sou das fotos do comercial). Esse momento foi o drop da música. A roda tava bem aberta e, nesse clique, ela tava se fechando. Show de rock foi meu berço da fotografia, então foi bem legal” -​ ​Lucas Sá

“Elas estavam dando entrevista pro Multishow e perguntaram pra Luara (à dir.) como foi subir no palco com a Iza (à esq.). Ela, emocionadíssima, disse que não sabia o que falar, que tava muito feliz. Elas se olharam cúmplices. Eu tava ali do lado esperando para fazer uma foto da Marrom, que também tava na entrevista, e captei o momento” -​ ​Anette Alencar

“O pedido para fazer essa imagem veio três dias antes de eu realmente fazer. Foi a foto que eu mais tava animado, mas não deu certo nos dias anteriores. Na oportunidade em que falaram ‘tirolesa’ na sala do I Hate Flash, já me intrometi e fiquei na ansiedade pra fazer. Subi lá, fotografei e deu pra pegar um ventinho no calor!” -​ ​Lucas Cellier

“Quando cheguei no Rock in Rio, falei com o Fernando que a única headliner que eu fazia questão de fotografar era a P!nk. Ela significa muita coisa pra mim. Quando eu era pré-adolescente, ela era a única diva pop diferente, que saía do padrão. Sou muito louca nela. Quando fui pro pit, uma amiga estava no front e me falou que ela começaria o show pendurada. Então, tava todo mundo pra trás, do lado direito. Eu fui pra frente e pro lado esquerdo, onde não tinha quase ninguém. Fiquei esperando ela subir e fiz essa foto” Fernanda Tiné

“Eu e o Fernando íamos fotografar o Sepultura, mas só rolou um colete para o pit. Segui com meus outros afazeres e no finalzinho do show, alguém me pediu pra correr e fazer a última música, nem que fosse do público. Cheguei quando a banda tocou a última nota. Esse foi o momento em que o público aplaudia o show que tinha acabado de rolar, meio que em agradecimento, sabe? Foi um momento muito bom, mesmo sem eu ter estado lá, senti que a banda realmente fez um show animal” -​ ​Gilberto Dutra

“Eu gosto dos encontros quase impossíveis no meio de tanta gente. Eu e a Magá nos conhecemos dos estúdios da vida e de amigos em comum. Eu tava indo fotografar o telão de uma entrega comercial no palco Mundo e dei de frente com ela pela segunda vez no festival. Agora, no meio da multidão. Como eu tava só indo fazer o telão, saí sem flash. Mas a Magá anda sempre tão incrivelmente produzida que sempre vale um clique. Então, segurei o tórax, prendi a respiração, baixei a velocidade e lancei a foto. Achei que ficou lindo. Gosto da composição, das cores, de como ela se destaca, do tratamento e de ter sido uma foto em um ambiente com pouquíssima iluminação” -​ ​Anne Karr

“Eu estava indo cobrir o palco Mundo pela primeira vez. Era o último show, headline e eu como responsável pela entrega. A gente só pode fazer uma música e tem que correr pra entregar. Eu tava indo embora e olhei pra trás. Antes, a P!nk tava mais pro fundo do palco e, nesse momento, ela começou a caminhar pra frente. Voltei correndo, peguei o colete de volta, botei de qualquer jeito e fiz mais algumas fotos. Estava no meio da música que amo, Just Like a Pill. Ela tava botando a galera na loucura e o show só tava começando. Foi uma experiência incrível e essa foto marca esse momento em que eu precisava correr pra entregar a foto ao mesmo tempo que queria ficar pra ver o show. Bem nessa encruzilhada, peguei esse momento dela junto do público” -​ ​Bléia Campos

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